A Casa – Olavo Bilac

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Vê como as aves têm, debaixo d’asa,
O filho implume, no calor do ninho!...
Deves amar, criança,a tua casa!
Ama o calor do maternal carinho!

Dentro da casa em que nasceste és tudo...
Como tudo é feliz, no fim do dia,
Quando voltas das aulas e do estudo!
Volta, quando tu voltas, a alegria!

Aqui deves entrar como num templo,
Com a alma pura, e o coração sem susto:
Aqui recebes da Virtude o exemplo,
Aqui aprendes a ser meigo e justo.

Ama esta casa! Pede a deus que a guarde,
Pede a Deus que a proteja eternamente!
Porque talvez, em lágrimas, mais tarde,
Te vejas, triste, d’esta casa ausente...

E, já homem, já velho e fatigado,
Te lembrarás da casa que perdeste,
E hás de chorar, lembrando o teu passado...
— Ama, criança, a casa em que nasceste!

Comentários

  1. Amo está poesia ,bem Verdadeira aprendi muito nova envelheci e nunca esqueci !!!!

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  2. Decorei esta poesia no segundo ano primário, 1956, nunca mais esqueci, pois ali aprendi a amar a casa que nasci, a minha família, e hoje já um homem velho vêjeo o sentido real desta poesia;

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  3. Decorei essa poesia e no segundo ano primário. Estou com 75anos

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