Quando passa a tempestade, aparece um lindo arco-íris



Quando passa a tempestade, aparece um lindo arco-íris

(José Noé de Abreu Cavalcante)

             

O vento sopra,

Contorce as árvores,

Os pássaros param de gorjear,

Esperando que passe a grande tempestade.

 

Após o meio dia pássaros e aves faziam a festa nas copas das árvores,

Os cabritos brincavam nos terrenos das casas.

Quando, menos se esperava, uma nuvem escura cobre os céus,

E o mundo escurece parecendo noite.

 

A ventania tão forte, que contorcia as árvores,

E assobiava nas cumeeiras das casas, derrubando suas telhas.

Os Relâmpagos, com seus raios luminosos em todas as direções.

Os Trovões, ensurdecedores transformavam a tempestade em um grande pesadelo.

Os pássaros silenciaram e os animais procuravam abrigo.

 

As senhoras abriram seus oratórios, apanharam seus rosários e se prostraram de joelhos a rezar pedindo proteção aos céus.

A enxurrada abria valas de monte abaixo,

O ronco das correntezas torna-se fantástico.

A expectativa é total.

 

Passado um tempo a bravura do vento e da trovoada se calava,

A claridade surge novamente,

Os passarinhos voltam a subir nas copas das árvores.

As janelas das casas se abrem.

E no céu surge o anúncio da decomposição das cores:

Aparece um lindo arco-íris.


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