A Casa – Olavo Bilac
Vê como as aves têm, debaixo d’asa, O filho implume, no calor do ninho!... Deves amar, criança,a tua casa! Ama o calor do maternal carinho! Dentro da casa em que nasceste és tudo... Como tudo é feliz, no fim do dia, Quando voltas das aulas e do estudo! Volta, quando tu voltas, a alegria! Aqui deves entrar como num templo, Com a alma pura, e o coração sem susto: Aqui recebes da Virtude o exemplo, Aqui aprendes a ser meigo e justo. Ama esta casa! Pede a deus que a guarde, Pede a Deus que a proteja eternamente! Porque talvez, em lágrimas, mais tarde, Te vejas, triste, d’esta casa ausente... E, já homem, já velho e fatigado, Te lembrarás da casa que perdeste, E hás de chorar, lembrando o teu passado... — Ama, criança, a casa em que nasceste!
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