Vinicius - Pensamentos, Poesias

  Lá onde eu moro rua não tem nome de gente Lá onde eu moro tudo é bem diferente Uma rua larga do horizonte bem grandão O nome dela, advinha? É Eixão   De cada lado existem dois caminhos São mais estreitos logo chamam de eixinhos Quando o sol nasce dá pra ver da via leste Ele se esconde por detrás da via oeste   São todas elas paralelas ao Eixão Juntas parecem formar asas de avião Pra completar este projeto original Elas perpassam o eixo monumental   Ele divide a cidade em sul e norte Se olhar do alto dá pra ver que temos sorte Há vários trevos espalhados nos eixinhos De quatro folhas pra dar sorte aos vizinhos   Lá onde eu moro rua não tem nome de gente Lá onde eu moro tudo é bem diferente O que eu mais gosto é ir pra casa da vovó Vou dando voltas sem parar e não dá nó   A essas voltas todos chamam tesourinhas Elas não cortam e parecem borboletinhas E quando passo embaixo tem um tobogã Minha barriga s...

 No colégio, a festa já começou, Com a turma animada, o clima esquentou. Na caixa d’água, o mistério se esconde, Quem jogou o tênis lá? Ninguém responde! As aulas de física, um verdadeiro GP, Com Fórmula 1 na mente, ninguém quer perder. O professor de história virou comentarista, Notícias de jornal, ele é especialista. O Natal chegou, com panetone e risada, E o Ano Novo vem, com a galera animada. Que os estudos fluam como carro na pista, E que a amizade seja sempre a conquista. Então, amigos queridos, vamos celebrar, Com piadas, abraços e muito gargalhar. Que 2025 venha com tudo de bom, E que nossa união seja sempre o tom!

 Eu chego de Vitória, a Capixaba, De um Estado pequeno, mas que muito agrada. Depois de uma estrada, um caminho cumprido, Trago na bagagem um verso sentido. Passei pela Bahia, terra de axé e dendê, Terra de encanto, pra quem sabe viver. Vi o sol, a praia, a energia no ar, Mas o trabalho, moço, não pude achar. Então voltei, voltei com paixão, Para a Justiça do Distrito Federal, meu irmão. Aqui sim é o lugar, o destino ideal, Para fazer meu ofício, sem me sentir mal. Trago um lanche, pra todos partilhar, Uma torta de limão, pra gente se animar. É receita da vó, da avó de minha mãe, Adoça a boca, acalma a alma de quem a tem. Então venha comigo, meu caro colega, Para a gente comer e a gente conversar. Porque o trabalho é bom, a vida é linda de viver, E a alegria é um bem que a gente tem que ter.

  No Sertão da memória, o tempo faz morada, 25 anos se passaram, história bem contada. Uma turma de Direito, com fibra e com paixão, Celebra a bodas de prata da sua formatura, meu irmão. ​Lá na capital, a festa se armou, A beca e o capelo, o sonho coroou. O tema escolhido, com honra e nobreza, Direito V Centenário, que rica beleza! ​O Brasil de 500 anos, novo e destemido, E a lei nas mãos de gente, com saber e com sentido. E no meio da festa, a emoção subiu, Quando Célia Porto na voz suave surgiu. ​O palco se acendeu, a canção soou no ar, "Somos Tão Jovens", pra todo mundo chorar. Não era choro de dor, mas de alívio e gratidão, De ver o fim de uma jornada, de abraçar o coração. ​A lágrima rolou, molhou a pele do rosto, Era o fruto da luta, que tinha chegado ao posto. De ver o estudo feito, a dedicação sincera, O fim de uma espera, a aurora da nova era. ​Hoje, 25 anos depois, a gente pode ver, Que o choro daquele dia, valeu por todo o ser. Não somos mais tão jovens, mas a alma...